O fado e o flamenco voltam a encontrar-se em Badajoz, na 14ª edição do Festival de Flamenco e Fado.
Uma das protagonistas será a portuguesa Mísia, que inaugura o festival no dia 30 de Junho, na Esplanada de Verão do Teatro López de Ayala.
Mísia levará a Badajoz o seu último trabalho, “Animal Sentimental”, uma oportunidade para ver a herdeira de Amália Rodrigues mostrar o seu talento neste novo álbum, que é também um livro e um encontro com o público, ao qual dá voz em forma de concerto acompanhado de pequenos monólogos.
No dia 1 de Julho será a vez do flamenco subir ao palco da esplanada do Teatro López de Ayala, com Pakito Suárez, El Aspirina e El Guadiana, com o seu espectáculo “En nombre del Flamenco”.
Os seguintes concertos terão lugar no Auditório Ricardo Carapeto. Inauguram este palco, na quinta-feira, 6 de Julho, o trio formado pela fadista portuguesa Cuca Roseta, pelo guitarrista Daniel Casares e pelo músico Jorge Pardo.
Um espectáculo que representa o jazz-flamenco espanhol, unido ao talento de uma das vozes da nova geração do fado, Cuca Roseta.
Nessa mesma noite sobe também ao palco Esther Merino, cantora de flamenco da Extremadura, que, com o seu novo espectáculo “En tierra de hombres”, pretende realçar o papel da mulher num mundo onde, quase sempre, a companhia artística é masculina.
Na sexta-feira, 7 de Julho, o músico, produtor e compositor português João Caetano estreia o espectáculo “Cada vez mais”, que explora um género musical que mistura elementos do jazz, do folclore e da música tradicional portuguesa, incluindo a percussão e o fado. Nesta ocasião conta com dois convidados especiais: o percussionista Israel Suárez Piraña e o guitarrista Juan José Suárez Paquete, ambos da saga mais flamenca da Extremadura: Os Porrina de Badajoz. Neste espetáculo atrevem-se a interpretar uma das canções lendárias de Amália Rodrigues, “Estranha forma de vida”.
Nesta segunda noite, o flamenco chega com Lin Cortés, mestre da fusão de estilos e na vanguarda do novo flamenco. Um dos artistas mais respeitados do âmbito internacional neste género surpreende-nos com “Gitanerías”, o seu novo trabalho.
O festival finaliza no sábado, 8 de Julho, com a maturidade e o talento do guitarrista Vicente Amigo, que, juntamente com a Orquestra da Extremadura, apresentará a composição flamenca “Poeta”, baseada nos versos de Rafael Alberti.
“Este festival é uma referência europeia para a promoção e divulgação da cultura portuguesa e espanhola. Badajoz, a cidade transfronteiriça mais flamenca, concentra nestas noites de Verão duas grandes formas de entender a música, o fado e o flamenco. Este encontro acontece todos os Verões, convivendo no mesmo palco os dois géneros musicais, e fazem-no em dois espaços únicos ao ar livre: a esplanada do Teatro López de Ayala e o Auditório Ricardo Carapeto”, refere a organização.
O Festival de Flamenco e Fado de Badajoz conta também com o apoio do Museu do Fado de Lisboa e da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural – EGEAC.
