O presidente da direção dos Bombeiros Voluntários de Sousel, Mariano Maluco, apresentou a sua demissão, na sequência das divergências com o comandante do corpo operacional, disse à agência Lusa fonte da mesa da assembleia-geral.
De acordo com o presidente da mesa da assembleia-geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Sousel (AHBVS), José Vitorino Albano, a demissão foi apresentada “na terça-feira ao fim da tarde”.
José Vitorino Albano acrescentou que, “de imediato”, foi informado o corpo de bombeiros desta decisão, tendo os mesmos “assumido o compromisso de reativar” o serviço operacional.
Num comunicado publicado hoje na página dos Bombeiros Voluntários de Sousel na rede social Facebook é explicado que a demissão do presidente da direção da AHBVS, teve como objetivo “possibilitar o regresso da normalidade” à corporação.
Apesar das divergências internas, lê-se no documento um agradecimento ao presidente demissionário “por todos os anos que ofereceu de forma voluntária o seu contributo” à causa dos bombeiros.
Além de um agradecimento à população, os bombeiros pedem “a paz e a serenidade necessária”, a partir desta altura, para que tanto a direção como o corpo ativo possam desenvolver o seu trabalho.
A Lusa tentou hoje contactar por telefone o presidente demissionário da AHBVS, mas este não atendeu.
A direção da AHBVS anunciou, na quinta-feira passada, que queria que o Ministério Público investigasse factos que considerava “graves e inaceitáveis” por parte do comandante da corporação, José Fernandes, o qual destituía do cargo.
Para o desempenho das funções de José Fernandes tinha sido nomeado interinamente o 2.º comandante da corporação, segundo a direção da associação humanitária dos bombeiros.
Contactado hoje pela Lusa, José Fernandes voltou a explicar que destituição era “ilegal”, explicando que “só há duas formas” para que um comandante termine funções, sendo uma o fim da comissão de serviço e a outra através de um processo disciplinar.
“Eu mantenho-me em funções, sempre me mantive em função”, disse.
José Fernandes recordou que Mariano Maluco esteve na direção da AHBVS durante “40 anos”, reconhecendo que também fez “algumas coisas boas” pelos bombeiros.
“Nós já estávamos à espera [demissão] há três dias. O presidente demitiu-se, quem passou à reserva já passou ao ativo e já está tudo a funcionar” normalmente, acrescentou.

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