Os bombeiros de Sousel (Portalegre) mantêm o normal socorro à população e só vão decidir se deixam de fazer voluntariado após uma reunião com o presidente da câmara, em 01 de março, revelou hoje o comandante.
Em declarações à agência Lusa, o comandante da corporação, José Fernandes, explicou que esteve reunido, esta quarta-feira, com o presidente da câmara, o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo e a direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Sousel (AHBVS).
“Não conseguimos chegar a nenhum acordo, mas o presidente da câmara propôs uma nova reunião no dia 01 de março, às 21:00, no quartel dos bombeiros”, disse o comandante.
Segundo José Fernandes, nesse novo encontro vão participar novamente os intervenientes da primeira reunião, mas também “todo o corpo de bombeiros”.
“Aí, vamos definitivamente pôr tudo em cima da mesa, para que haja uma decisão da direção e para que os bombeiros estejam presente e digam de viva voz o que pretendem. Já fizemos algumas cedências porque defendíamos a demissão de toda a direção e, agora, só queremos a demissão do presidente, mas desta não abdicamos”, frisou.
A corporação dos Bombeiros Voluntários de Sousel exige a “demissão imediata” do presidente da direção da associação humanitária e, na semana passada, entregou simbolicamente os capacetes em protesto.
Na sexta-feira passada, o comandante da corporação disse à Lusa que, a partir das 19:00 desta quarta-feira, os capacetes seriam “definitivamente entregues” e deixaria “de haver a parte do voluntariado” dos bombeiros.
José Fernandes, na altura, afirmou que o descontentamento da corporação com a direção da associação surgiu há “algum tempo”, mas foi agravado com o início de funções dos novos dirigentes, há cerca de dois meses.
O principal visado pelas críticas é “o presidente da direção” da AHBVS, Mariano Velez Maluco, acusado pelo comandante da corporação de “desrespeito pelo corpo, prepotência e por querer interferir sempre na parte operacional”.
“Isto tem vindo a agravar-se. Houve algumas decisões contra o pessoal e duas rescisões de contrato, em que grande parte do corpo não percebeu o porquê, [pois] havendo serviço, porque é que houve essas rescisões”, salientou José Fernandes.
O comandante reiterou hoje que essas duas rescisões “foram a gota de água que caiu dentro do copo a transbordar”, porque “a relação com o presidente já se vinha a deteriorar com várias situações pequenas, mas que, todas juntas, provocaram isto”.
Por enquanto, “o socorro está assegurado normalmente”, mas, caso o presidente da AHBVS não se demita e a nova reunião termine sem esse desfecho, “isso significará a passagem à reserva dos voluntários todos do corpo de bombeiros e, dessa forma, não se conseguirá assegurar o socorro”, alertou o comandante.
“Neste momento, estamos com 44 bombeiros voluntários, mas estamos também a falar dos assalariados que, a partir da hora a que terminam o serviço, passam a voluntários. Por isso, é o corpo todo que passa à reserva”, avisou.
A Lusa tentou hoje contactar por telefone o presidente da AHBVS, mas este não atendeu.
Na sexta-feira passada, Mariano Velez Maluco disse à Lusa estar a tentar encontrar uma solução e remeteu declarações para mais tarde.
Num comunicado, divulgado esta segunda-feira, a direção da AHBVS recusou demitir-se.
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