A professora Margarida Mano disse hoje que o doutoramento “honoris causa” de Rui Nabeiro pela Universidade de Coimbra (UC) reconhece o “compromisso integral” do empresário com uma gestão com “dimensão humana”.
“A experiência de vida de Rui Nabeiro constitui uma inspiração e um testemunho da vitória da iniciativa individual face às adversidades das diversas épocas por que passou e em que deixou marca”, afirmou Margarida Mano, ao fazer o elogio do “padrinho” do doutorando, o sociólogo Carlos Fortuna, catedrático jubilado da Faculdade de Economia da UC (FEUC).
Na cerimónia, na Sala dos Capelos, a antiga ministra da Educação salientou que Manuel Rui Azinhais Nabeiro, de 91 anos, “é ainda encarnação do espírito empreendedor, antes de este estar em voga, bem como símbolo do humanismo e da solidariedade enquanto adjuvantes do sucesso no mundo empresarial, ao invés de obstáculos à criação de valor”.
“Rui Nabeiro reconheceu, desde o início da sua vida profissional, o sentido ético e a afirmação da responsabilidade social, não enquanto respostas a uma exigência externa, mas antes como uma necessidade natural de quem sabe que a economia é feita de pessoas”, enfatizou a professora da FEUC.
A Universidade de Coimbra, na sua opinião, celebrou hoje, com o doutoramento “honoris causa” do empresário de Campo Maior, uma “história de sucesso” de um homem “a partir de origens humildes, bem como um percurso de ação política e de profunda preocupação social, para não falar do engenho e do espírito inovador que moldaram uma marca, uma terra e um país”.
“Mas, antes de mais, celebramos um português que a todos deu – e ainda dá – uma profunda lição de economia real que Portugal devia estudar e aprender”, acentuou Margarida Mano, que interveio na cerimónia depois do seu colega António Martins, a quem coube elogiar o doutorando.
António Martins, por sua vez, disse que, “para que a Universidade de Coimbra se sentisse honrada em homenagear Rui Nabeiro, não seria necessário qualquer concreto pretexto”.
“A sua vida e a sua obra bastariam para, a qualquer momento, fundamentar plenamente a outorga da láurea doutoral”, considerou.
O orador lembrou que a distinção de Rui Nabeiro foi concretizada no âmbito das comemorações dos 30 anos da licenciatura em Gestão de Empresas da FEUC.
“A Faculdade de Economia, onde se ministra esta licenciatura, enobrece-se ao distinguir um empresário para quem as empresas e a respetiva responsabilidade social são um ponto focal no conjunto da sua vida e da sua obra”, acrescentou.
Para António Martins, Rui Nabeiro “perfilha uma ideia de liberdade fundada na tolerância pela perspetiva contrária”.
“De que se pode estar errado e a tempo de corrigir o engano. Não a liberdade feita de cartilhas que decidem o que é autorizado e o que se demoniza. Ou que avalia os atropelos à liberdade e à vida consoante a longitude”, referiu.
O professor da FEUC realçou que “a justiça social constitui, em Rui Nabeiro, uma linha de rumo numa vida cheia”.
“Não se trata, obviamente, da perspetiva hayekiana, segundo a qual à distribuição primária do rendimento que ocorre na esfera da produção não devem ser aplicados critérios de justiça redistributiva. Também não é a justiça social com os atributos dos coletivismos, usualmente cerceadores da liberdade. É, antes, uma justiça social assente em dois pilares. O primeiro, fundado num sistema económico que produza eficientemente um excedente. O segundo, garantindo que esse excedente é, por via da ação de um Estado Democrático e de iniciativas individuais, destinado, em boa parte, a impedir que se desça abaixo de formas de viver não compatíveis com a dignidade do ser humano”, explicou.
Os direitos sociais, frisou António Martins, “não são um mundo à parte da produção e da distribuição que ocorrem na esfera económica”.
“Rui Nabeiro sabe-o e pratica-o na sua vida”, sublinhou.
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