O Índice de Preços da Habitação (IPHab) subiu 9,4% em 2021, 0,6 pontos percentuais (pp) acima de 2020, sendo a subida nas habitações existentes (9,6%) maior do que a das novas (8,7%), segundo o INE.
No ano passado, foram transacionadas 165.682 habitações, mais 20,5% do que em 2020, totalizando as transações 28,1 mil milhões de euros, mais 31,1% do que no ano anterior, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) hoje divulgados.
As habitações existentes aumentaram 22,1% e 34,2%, respetivamente, no número e no valor das transações, enquanto nas habitações novas se observou um aumento de 12,9% no número de transações e de 21,7% no valor.
Em 2021, as transações de habitações cujo comprador pertencia ao setor institucional das famílias, representaram 85,6% e 85,7%, respetivamente, em número e valor total das transações registadas.
O INE destaca que, no período compreendido entre 2019 e 2021, o valor das vendas de habitações cujo comprador apresentava
o território nacional como domicílio fiscal atingiu 64,8 mil milhões de euros (89,8% do total) e que a União Europeia
e os restantes países, enquanto domicílios fiscais dos compradores, registaram montantes semelhantes, 3,8 mil milhões de euros e 3,5 mil milhões de euros, pela mesma ordem.   
A análise regional do INE revela que, em 2021, o Norte registou 47.699 transações e a Área Metropolitana de Lisboa 51.014 unidades, concentrando 59,6% do número total de transações, o peso relativo conjunto mais baixo desde 2009 e as únicas regiões a evidenciar reduções homólogas das respetivas quotas relativas regionais (de 0,4 pp e 0,8 pp, pela mesma ordem).
No último ano, o valor das habitações transacionadas na Área Metropolitana de Lisboa totalizou 12 mil milhões de euros, 42,6% do valor total, registando-se pelo terceiro ano consecutivo uma redução homóloga do peso
relativo desta região (-0,4 pp).
O INE regista igualmente um decréscimo das quotas relativas regionais nas regiões Norte (-0,7 pp) e Centro (-0,3 pp), representando, no primeiro caso, 24% do valor total transacionado, e 13%, no segundo, enquanto no Algarve registou o maior incremento do respetivo peso relativo, perfazendo 12,8%.
Já o Alentejo manteve a quota relativa do valor das transações em 4,3%, enquanto a Região Autónoma da Madeira, com um aumento de 0,3 pp no seu peso relativo, representou 2,2% do valor total.
Os dados do INE relativos ao quarto trimestre de 2021 mostram que a taxa de variação homóloga do IPHab foi de 11,6%, 0,1 pp acima do trimestre anterior, tendo o aumento de preços das habitações existentes neste período um ritmo superior ao das habitações novas, de 11,9% e 10,6%, respetivamente.
Nesses últimos três meses de 2021 realizaram-se 45.885 transações, traduzindo um crescimento homólogo de 17,2% e um aumento de 5,6% face ao trimestre anterior, totalizando as transações 8,2 mil milhões de euros, mais 34,9% do que em igual período de 2020.

VP // MSF
Lusa

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