Escusado será dizer que o mundo do desporto partilha muitas coisas com o universo empresarial. Além disso, há muitas lições a serem aprendidas que são úteis para gerir um negócio eficaz.
Da mesma forma que os atletas enfrentam os seus rivais, os empresários têm uma batalha constante com a competição onde precisam saber como lidar com a pressão e controlar o stress. Por outro lado, é essencial trabalhar em equipa e ter em mente objetivos que possam ser ultrapassados.
Vejamos então onde estes dois mundos se cruzam.
Motivação
A motivação no desporto é fundamental e está presente na necessidade de ultrapassar adversários e alcançar objetivos. Nos negócios, isto também é canalizado para o empresário, que precisa ser um líder e saber como motivar a equipa. Todos têm de pensar como um vencedor.
Mas a motivação tem de ser variável. É preciso conhecer todos os membros e as suas necessidades, porque um jovem que estuda em simultâneo não é o mesmo que uma pessoa que tem muita experiência no sector.
Por vezes, a apreciação de um trabalho feito ou a sensação de que se está a crescer vale mais do que a recompensa financeira. Nem tudo é uma questão de dinheiro.
Gestão do stress
Em situações de máximo esforço e tensão, o corpo procura uma saída para estes sintomas se não forem controlados ou canalizados. É por isso que é comum que surjam contraturas, irritações ou qualquer tipo de lesão muscular.
Mas o stress também não é mau, desde que seja em pequenas quantidades, pois serve como forma de motivação, embora se for demasiado elevado possa danificar consideravelmente o corpo. Para reduzi-lo, não há nada melhor do que relaxamento e técnicas de respiração profunda.
Liderança
Um bom líder consegue ouvir, bem como transmitir. Reconhece sempre o que se passa à sua volta e sabe como interagir com os seus companheiros de equipa. O líder irá sempre ajudá-los de todas as formas que puder para continuarem a crescer.
E da mesma forma sabe como fazer os outros seguirem as suas instruções e passos de forma convincente, sem isso ser uma obrigação. De uma forma correta, mas imponente.
Um dos maiores exemplos deste tipo de liderança é de Rui Nabeiro, um dos mais famosos empresários de Portugal.
Emoções ficam à porta do escritório
É verdade que, no desporto, as emoções podem facilmente apoderar-se dos participantes. Contudo, há exemplos que acrescentam lições valiosas sobre como pensar estrategicamente e gerir as emoções. Especialmente os desportos mentais, sendo o xadrez e o poker dois dos exemplos mais significativos. Ambos são excelentes fontes de inspiração para decisões ponderadas.
Por exemplo, no xadrez, os jogadores tentam sempre ter a melhor abertura possível com muitas opções disponíveis, como outros aspetos da vida em que um começo estrategicamente inteligente é crucial, como, por exemplo, quando se inicia um novo negócio.
O poker, por outro lado, depende de uma constante boa tomada de decisões e pensamento situacional, enquanto exige que os jogadores mantenham a cabeça fria para evitar o chamado Tilt, um estado de espírito frustrado que permite decisões precipitadas sem considerar todos os aspetos situacionais.
Assim, quando forem necessárias tomar decisões importantes, nada como deixar as emoções à porta do escritório.
Gestão da equipa
Quando um jogo de futebol é disputado, os defesas ocupam esta posição porque sabem sempre qual é a sua tarefa e estão satisfeitos com ela. O mesmo se aplica a um médio ou atacante. Alguém consegue imaginar Messi como defesa? Bem, isto também acontece numa equipa comercial onde nem todos são treinados para ser um contabilista ou para vender. É por isso que a gestão é fundamental.
Nunca se pode impor uma posição, pois se a pessoa não estiver convencida das suas capacidades para executá-la, não trabalhará da forma mais produtiva. Em suma, quando menos esperamos, existem sempre conceitos e realidades que se interligam. A verdade é que, como neste caso, são duas áreas que se complementam e o segredo está na forma em como são vividas. Ainda que seja sempre para ganhar, seja no desporto ou nos negócios, é importante manter o foco e agir em prol de algo maior.
