Os acordos pós-eleitorais nos executivos das câmaras municipais sucederam-se por todo o país no rescaldo das eleições autárquicas de 26 de setembro, incluindo mais do que um ‘bloco central’.
Foi o que aconteceu em Montemor-o-Novo, um município que os comunistas governavam desde 1976 e que este ano passou para as mãos do PS.
Os socialistas não conseguiram maioria absoluta no executivo municipal e o novo presidente da Câmara de Montemor-o-Novo, Olímpio Galvão, estabeleceu um acordo com o vereador da coligação CDS-PP/PSD para garantir estabilidade governativa e atribuiu-lhe pelouros.
“As duas forças políticas têm maioria e esta estabilidade é muito importante para estarmos tranquilos no planeamento e nas ações que iremos desenvolver nestes quatro anos de mandato”, afirmou à agência Lusa, em 04 de novembro, o autarca do PS.
Foram atribuídos os pelouros da Modernização e Organização Informática, Património Cultural, Turismo, Planeamento Urbanístico, Habitação e Reabilitação Urbana, Ordenamento do Território, Desporto e Juventude ao vereador da coligação CDS-PP/PSD, António Pinto Xavier, que, tal como os socialistas, vai exercer o cargo a tempo inteiro.
Para o autarca socialista, “a luta partidária terminou no dia em que se realizaram as eleições” e, agora, os quatro elementos desta gestão autárquica estão “focados no partido de Montemor-o-Novo”.
“Mais do que partidos, somos pessoas que se propuseram a trabalhar em prol da sua terra”, sublinhou também à Lusa António Pinto Xavier.
Outro caso de ‘bloco central’ é o de Santarém onde, com a perda da maioria absoluta, o PSD chegou a acordo com o PS para a governação do concelho nos próximos quatro anos, atribuindo pelouros a dois dos quatro eleitos socialistas.
O presidente da Câmara Municipal de Santarém, o social-democrata Ricardo Gonçalves, afirmou que o acordo com o PS “pode parecer muito estranho a algumas pessoas”, mas não é algo novo no seu percurso autárquico, pois, desde que assumiu a presidência do município, em 2013, e mesmo quando teve maioria absoluta, em 2017, sempre procurou “bases de entendimento” com os outros partidos com representação no executivo.
Também em Almada há ‘bloco central’ no executivo da câmara, mas este é um acordo que se repete, uma vez que já houve entendimento entre PS e PSD na legislatura anterior, na sequência das eleições de 2017, quando os socialistas conquistaram a câmara à CDU.
A presidente da Câmara de Almada, a socialista Inês de Medeiros, revelou à Lusa em 21 de outubro o acordo com o PSD para formar uma maioria absoluta no executivo municipal, após contactos com “todos os partidos que conseguiram eleger vereadores” (CDU, PSD e BE).
A lista encabeçada por Inês de Medeiros conseguiu cinco lugares do executivo camarário nas eleições deste ano, mais um do que em 2017. A CDU manteve os quatro vereadores e o BE continua a ter um.
O PSD elegeu este ano um vereador (menos um do que há quatro anos), Nuno Matias, que encabeçou a coligação AD – Almada Desenvolvida (PSD/CDS-PP/A/MPT/PPM).
Nuno Matias já era vereador, com pelouros atribuídos, e ficou nesta legislatura com as tutelas do Controlo de Risco, Espaços Verdes, Turismo, Mercados, Comércio e Espaço Público.
Sobre as negociações com CDU e BE, Inês de Medeiros disse que não houve entendimentos em relação a pelouros, mas ficou “a porta aberta” para conversações ao longo do mandato.
Já em Elvas, no distrito de Portalegre, José Rondão de Almeida foi eleito presidente este ano por um movimento independente, depois de já ter estado à frente do executivo entre 1994 e 2013 pelo PS.
Foi aos socialistas que José Rondão de Almeida roubou a câmara em setembro passado, com uma candidatura do Movimento Cívico por Elvas (MCPE) que ganhou as eleições, mas com maioria relativa.
José Rondão de Almeida está a gerir o município apoiado pelos vereadores eleitos pela oposição PS e coligação PSD/CDS-PP.
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