Um conjunto de intervenções ferroviárias entre Sines e a fronteira com Espanha está em obra ou em desenvolvimento, num global de 700 milhões de euros, foi hoje revelado.
“Isto é tudo aquilo que está previsto no Ferrovia 2020” e que envolve “um investimento global na ordem de 700 milhões de euros”, disse hoje o vice-presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), Carlos Fernandes, numa cerimónia em Alandroal (Évora).
Fonte da IP explicou à agência Lusa que este total envolve os 480 milhões de euros das empreitadas do Corredor Internacional Sul, para ligar o litoral à fronteira com Espanha, por Elvas (Portalegre), e o investimento em diversas outras obras de ligação a este projeto.
Na cerimónia de hoje, num dos troços em construção do Corredor Internacional Sul, no concelho de Alandroal (Évora) e perante o primeiro-ministro, António Costa, o vice-presidente da IP destacou que este projeto é “uma obra emblemática da ferrovia nacional”.
“Esta é uma obra há muito planeada, há muito ansiada e que vai ter um papel disruptivo na oferta de mercadorias e de passageiros” do Alentejo e do país, frisou o responsável.
Ao enumerar os projetos que já estão em obra ou em desenvolvimento, Carlos Fernandes começou pelo litoral, com a intervenção de requalificação de acesso ao Porto de Setúbal, que tem “projeto concluído” e “protocolo praticamente em condições de ser assinado” com a administração portuária.
“Estamos só a aguardar que seja aprovada a introdução deste investimento no orçamento do Porto de Setúbal para lançarmos uma obra que é importante” para a “acessibilidade do Porto de Setúbal a este Corredor Internacional Sul”, referiu.
Uma obra “pronta a arrancar”, previsivelmente “nas próximas semanas”, é a da “modernização da ligação do Porto de Sines à Linha do Sul”, indicou.
Na zona de Vendas Novas, no distrito de Évora, está já concluído o projeto e efetuado o concurso, encontrando-se “em fase de adjudicação” a ligação de mercadorias do Sul ao Norte de Portugal, “uma obra absolutamente fundamental, nomeadamente para o Porto de Sines poder escoar as suas mercadorias” para esta zona do país, destacou também Carlos Fernandes.
Já entre Évora e a fronteira com Espanha, o vice-presidente da IP lembrou que a modernização da Linha do Leste, em Elvas, “está concluída”, enquanto, das outras quatro empreitadas, três “estão já no terreno”, em execução, entre Évora Norte e a Linha do Leste.
“Segue-se uma quarta empreitada, que irá construir o troço entre a atual estação de Évora e o início do novo troço”, assim como “toda a superestrutura de via” e o que “é necessário para que os comboios possam começar a circular”, referiu.
Quando estiver concluído – segundo o Governo em 2023 –, o Corredor Internacional Sul vai ter impactos positivos, tanto no transporte de mercadorias, como no de passageiros, segundo Carlos Fernandes, que aludiu ao aumento da competitividade e da capacidade de carga, redução dos tempos de trajetos ou ligações mais diretas.
A IP disse ainda estar “a trabalhar” com os municípios locais, como Alandroal, Vila Viçosa, Redondo ou Vendas Novas, para “identificar localizações para terminais rodoferroviários que permitam transferir estes benefícios para a região”.
Em conjunto com a Câmara de Évora, está a ser avaliada “a viabilidade técnica e económica de um terminal” naquela zona, acrescentou Carlos Fernandes.

RRL/SM // CSJ
Lusa

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