As mães de adultos com deficiência que promoveram uma carta aberta pela vacinação prioritária destas pessoas contra a covid-19 alertam que o processo está atrasado e que a estratégia tem sido errática e incongruente na definição de critérios para esta população.
Em comunicado, as três mães de adultos que em março promoveram a carta aberta que foi assinada por políticos como Pedro Santana Lopes (antigo primeiro-ministro) e os presidentes da câmara do Porto e de Loures, dizem que as instituições estão preocupadas e consideram incompreensível que utentes dos Centros de Atividades Ocupacionais (CAO) não tenham sido vacinados logo na 1.ª fase, ao mesmo tempo que os utentes dos lares residenciais.
“Apesar de terem sido contactados pela segurança social, num grande número de Centros de Atividades Ocupacionais de diversos concelhos ainda não foi iniciada a vacinação dos seus utentes, como por exemplo Elvas, Alcobaça, Castanheira de Pera, Nazaré, Manteigas, Castelo Branco, Ponte de Sor e Grândola”, escrevem as mães, em comunicado.
Nesta nota, alertam as entidades competentes para a necessidade de se proceder o mais rapidamente possível à vacinação deste grupo de pessoas e lembram que, dos que não frequentam os CAO e estão em casa ao cuidado dos pais, “só foram vacinadas as pessoas com trissomia 21”
“Há mais pessoas com deficiência que pela sua patologia correm sérios riscos de contrair a Covid-19 e que por isso não podem ser esquecidas”, sublinham.
Dizem ainda que, tal como prometeram na Carta Aberta, vão “continuar a lutar pela priorização das pessoas com deficiência, independentemente da sua circunstância”.
A carta aberta ao Governo e às autoridades de saúde que foi divulgada em março, promovida por três mães de adultos com deficiência e assinada por mais de uma centena de personalidades, pedia que as pessoas com deficiência fossem incluídas nos grupos prioritários de vacinação contra a covid-19, alegando que estão mais vulneráveis a riscos.
“A priorização das pessoas com deficiência na vacinação contra a covid-19, mais do que uma obrigação do Estado, é um sinal de humanidade e civilização”, refere a carta.
No documento, defende-se que “a violação do princípio de proteção dos mais vulneráveis é um sinal flagrante da falência do Estado de Direito e uma negação dos valores que estiveram na fundação do Portugal democrático”.
A carta cita estudos científicos recentes para justificar a reivindicação, nos quais se aponta que “as pessoas com deficiência não só têm maior risco de ser infetadas como de morrerem devido à infeção”.
São referidos os riscos acrescidos para pessoas com deficiência intelectual, portadores de trissomia 21, doentes com perturbações do espetro do autismo, com paralisia cerebral ou doenças neuro-motoras, entre outros, que em consequência da deficiência têm uma menor capacidade de resposta imunitária ao vírus ou outras comorbilidades associadas que dificultam o combate à doença.
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