São boas notícias para a região de Elvas com o anunciado reforço da rede nacional de Laboratórios Colaborativos, conhecidos como CoLAB onde o InnovPlantProtect – InPP de Elvas faz parte e gerou até fevereiro de 2021 32 novos postos de trabalho.

É muito importante para a região de Elvas ser palco destas iniciativas e ser o local escolhido por empresas com um papel ativo na sociedade para se instalarem e gerar novos postos de trabalho.

O laboratório InnovPlantProtect de Elvas foi criado com o objetivo de desenvolver soluções de base biológica inovadoras para proteger as culturas de pragas e doenças de modo a melhorar e a tornar mais sustentáveis os sistemas agrícolas.

Sendo a exploração agrícola uma importante fatia da economia da região é fundamental que se criem este tipo de espaços dedicados a proteger as culturas mediterrâneas contra pragas e doenças, especialmente aquelas que estão associadas às alterações climáticas.

Este laboratório funciona também como uma excelente forma de atrair futuros investigadores e empresários que vejam na cidade de Elvas uma referência científica e empresarial aumentando desta forma o potencial económico da região.

Atualmente, em Portugal estão cerca de 35 laboratórios a funcionar nesta modalidade de laboratório colaborativo em diferentes iniciativas que vão desde a saúde e o envelhecimento ao hidrogénio verde e aquacultura sustentável.

Uma das razões para olharmos com atenção para este género de iniciativas é precisamente pela forte componente de sustentabilidade, tão importante nos dias de hoje.

As alterações climáticas e a urgência na redução de combustíveis fósseis a par com o avanço tecnológico que demanda um consumo crescente de energia elétrica torna assuntos como energias renováveis, sustentabilidade ou energia verde na ordem do dia e que obrigam a que muitas empresas se reinventarem oferecendo novos produtos e serviços, assim como, nas tendências de consumo por parte dos consumidores que procuram cada vez mais produtos ou serviços que sejam amigos do ambiente.

Portugal (e toda a Europa) tem metas de redução de combustíveis fósseis que deve cumprir até 2030 e estes espaços de investigação têm um papel crucial para a criação de formas mais sustentáveis de consumo.

Apesar de 2030 ainda parecer distante, muitos dos comportamentos dos consumidores e empresas já vêm a demonstrar que o futuro será mais verde e sustentável.

O aumento da procura pelos carros elétricos é um bom exemplo de como os consumidores procuram um meio de transporte mais amigo do ambiente, sendo que Portugal figura na lista dos 10 países com maior percentagem de veículos elétricos.

Além disso, a promoção por parte dos municípios de formas mais ecológicas de transporte com a adoção de redes de transportes públicos 100% elétricos ou pela construção de mais ciclovias que permitam à população se deslocar através de veículos não poluentes como as bicicletas ou trotinetas elétricas são a prova de como a transição dos combustíveis fósseis para energias amigas do ambiente tem vindo a ganhar destaque.

A era digital é também uma das responsáveis pelo facto da procura por energias verdes ter aumentado. Com o acesso generalizado à internet os consumidores conseguem estar a par de tudo o que se faz no mundo e facilmente se sentem inspirados com as tendências de consumo do exterior, principalmente de países considerados mais desenvolvidos como a Noruega que lidera a lista de países onde os habitantes possuem carros elétricos.

Por outro lado, a evolução tecnológica fez com que se criassem equipamentos que permitem todo o tipo de experiências e que antes eram impossíveis como o smartphone, que atualmente consideramos um equipamento vulgar, mas que veio revolucionar totalmente a forma como comunicamos, trabalhamos e nos divertimos.

Empresas e consumidores comuns passaram naturalmente a possuir mais equipamentos elétricos, aumentando o consumo da energia elétrica, o que trouxe não só a necessidade de melhorar a rede elétrica, como também do aumento do investimento nas áreas da energia solar ou eólica, mais amigas do ambiente e capazes de aumentar a produção de energia elétrica.

Estes são exemplos claros de como acontece uma mudança no sentido de maior sustentabilidade e que levam a que os hábitos de consumo passem grande parte a ser apenas digitais, como a troca de mensagens que se dá via e-mail, com empresas a preferir trabalhar apenas em formato de teletrabalho poupando recursos, ou até empresas que antes existiam fisicamente e que passaram na totalidade, ou quase, a funcionar em formato digital, como os clubes de vídeo, os salões-de-jogos ou até os casinos que optam cada vez mais por plataformas online conseguindo assim poupar recursos e tornarem-se mais sustentáveis. Pode ainda não ser claro em todas as áreas de negócio, mas o futuro terá de passar pela sustentabilidade e espaços científicos dedicados a este tema são fundamentais.

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