A Câmara de Redondo, no distrito de Évora, anunciou hoje o cancelamento da edição deste ano das festas tradicionais Ruas Floridas, entre 31 de julho e 08 de agosto, devido à pandemia de covid-19.
Em comunicado, o município justificou a decisão por “não estarem reunidas todas as condições necessárias” para a realização do evento, cuja organização “envolve centenas de pessoas e uma logística imensa” e que leva ao concelho “milhares de visitantes”.
“Uma vez que todos vivemos num cenário de grande imprevisibilidade”, devido à pandemia de covid-19, a decisão tomada “é ponderada e consciente” e segue a estratégia da autarquia de combate ao novo coronavírus, realçou.
Consideradas uma das principais manifestações culturais do Alentejo, as tradicionais festas, promovidas pelo município, têm periodicidade bienal e a edição anterior, em 2019, contou com 28 ruas enfeitadas, esperando a organização, na altura, cerca de 500 mil visitantes.
Segundo o Município de Redondo, o cancelamento da edição de 2021 das Ruas Floridas foi aprovado, por unanimidade, na mais recente reunião de câmara, tendo em “consideração a salvaguarda da saúde individual e coletiva no quadro do combate à pandemia”.
“Que as Ruas Floridas regressem o mais breve possível. Que, quando voltarem a realizar-se, seja com mais força, pois, a dedicação e o amor que as gentes que cá moram dedicam a este evento único são o cartão de visita e uma das grandes imagens de marca do concelho de Redondo e do Alentejo”, assinalou a câmara.
Depois de um longo interregno, o município retomou as tradicionais festas populares da vila, em que a população ornamenta as ruas com figuras, flores e outros motivos em papel colorido, com entrada livre.
Os temas escolhidos pelos moradores, considerados autênticos artistas, são os mais variados, desde motivos etnográficos e florais até histórias imaginárias e exóticas, num evento que “abrange uma área grande da vila”.
Cada rua apresenta um tema diferente, escolhido livremente pelos moradores, que o mantém em segredo até ao dia da saída do programa.
Os registos escritos mais antigos indicam que a ornamentação das ruas remonta a 1838, tendo passado a ter caráter bienal em 1998.

FOTO Julie Dawn Fox

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