Uma operação policial europeia, coordenada pela EUROPOL, levou à apreensão de 191 armas de alarme facilmente convertíveis em armas de fogo, tendo a PSP apreendido 136, indica hoje a polícia portuguesa.
Em comunicado sobre a Operação BOSPHORUS, a Polícia de Segurança Pública (PSP) indica que desencadeou, a nível nacional, a recolha de prova sobre suspeitas de aquisição de armas de alarme sem autorização e facilmente convertíveis em armas de fogo, da qual resultou a detenção de duas pessoas por posse “de armas ilegalmente transformadas”, as quais foram agora apreendidas.
A ação de uma centena de polícias do Departamento e dos Núcleos de Armas e Explosivos da PSP, permitiu a apreensão de 136 armas de alarme, 1.770 munições de vários calibres, três réplicas de armas de fogo, uma reprodução de arma de fogo e diversos componentes de armas (coronhas, canos, culatras, laser).
Segundo a PSP, foram ainda elaborados 110 autos de notícia por contraordenação, com coimas entre os 400 e os 4.000 Euros.
O Superintendente Pedro Moura, diretor do Departamento de Armas e Explosivos da PSP, salientou o facto de a maioria das armas apreendidas nesta operação a nível europeu ter ocorrido em Portugal, para o que muito contribui o empenho e a ação desenvolvida pela PSP.
A Operação BOSPHORUS congregou 24 países europeus, apoiados por instituições e agências da União Europeia, incluindo a EUROPOL, para detetar armas de alarme/sinalização de origem turca, traficadas na União Europeia, através da Bulgária e outros países, nos moldes estabelecidos pela EMPACT (European Multidisciplinary Platform Against Threats).
A operação terminou no dia 13 de novembro, após várias ações conjuntas. Portugal (PSP), Albânia, Grécia e Roménia realizaram no total 81 buscas domiciliárias, tendo das investigações resultado 11 detenções, 191 armas apreendidas, 3.714 munições, pequenas quantidades de estupefaciente (canábis e cocaína), maços de cigarros sem selo, uma viatura, 164 engenhos pirotécnicos e documentos de identificação falsos.
O comunicado realça que a partilha de informação entre a EUROPOL, Espanha e Portugal, através da “National Firearms Focal Point da Guardia Civil e do Ponto Focal de Armas e Explosivos da PSP”, foi crucial no combate ao tráfico internacional de armas, nomeadamente de armas adquiridas por cidadãos portugueses em território espanhol, reforçando a “proatividade policial e a intensificação de operações e ações de fiscalização” realizadas diariamente.
A PSP lembra que a aquisição de armas de alarme carece de autorização do diretor nacional da PSP nos termos do Regime Jurídico de Armas e Munições, sob pena de procedimento criminal.

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