A Federação de Évora do PS lamentou hoje “profundamente a tragédia” no lar em Reguengos de Monsaraz, onde um surto de covid-19 causou 18 mortos, e disse repudiar “o aproveitamento político injusto e desonesto” da situação.
Em comunicado, a federação socialista “lamenta profundamente a tragédia que se abateu” sobre o Lar de Idosos da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS) de Reguengos de Monsaraz, que culminou com a morte de 18 pessoas, e repudia “o aproveitamento político injusto e desonesto levado a cabo por forças partidárias”.
A federação do PS, na nota de imprensa enviada hoje à agência Lusa, critica diretamente o PSD, partido que “chegou ao cúmulo de falar em teia partidária, insinuando ligações partidárias entre o presidente da ARS [Administração Regional de Saúde] de Évora e a autarquia de Reguengos de Monsaraz”, presidida por José Calixto (PS).
“Tal acusação é injusta porque inexistente e desonesta”, afirmou o PS, justificando que “ninguém melhor que o PSD sabe perfeitamente que o atual presidente da ARS de Évora [José Robalo] foi nomeado pelo Governo de Passos Coelho e exerceu essas funções durante toda a governação do Governo PSD/CDS”, pode ler-se.
O PS reagia a um comunicado do PSD, divulgado no domingo, que denunciou uma “teia de relações partidárias” entre a ARS e segurança social no Alentejo e exigiu o apuramento de responsabilidades pela morte de 18 doentes com covid-19 em Reguengos de Monsaraz.
O PSD, nesse comunicado, aludiu a uma “teia de relações partidárias que se estabelece com a Administração Regional de Saúde e o Centro Distrital da Segurança Social” e exige o apuramento de “responsabilidades políticas municipais e distritais”.
Também o facto de a presidência da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), que detém o lar onde eclodiu o surto da doença, coincidir com a presidência da Câmara de Reguengos de Monsaraz revela, segundo o PSD, “a promiscuidade política que domina as relações institucionais naquele município”.
A Federação de Évora do PS argumentou hoje que “não envereda neste tipo de baixa politiquice por respeito” pelos habitantes, “em especial” pelas “vítimas e familiares das vítimas desta horrível pandemia”, e acrescentou que “aguarda que, quem de direito, apure o que ocorreu e respetivos responsáveis”.
E esse apuramento de responsabilidades, vincou o PS, “não competirá a uma qualquer organização regional corporativa, pseudo-independente, composta por destacados militantes do PSD, mais interessada na guerrilha política do que no apuramento da verdade e na promoção da justiça”.
O surto de Reguengos de Monsaraz, detetado a 18 de junho, provocou 162 casos de infeção, a maior parte no lar da FMIVPS (80 utentes e 26 profissionais), mas também 56 pessoas da comunidade, tendo morrido 18 pessoas (16 utentes e uma funcionária do lar e um homem da comunidade).
A Procuradoria-Geral da República disse depois à Lusa que foi instaurado um inquérito sobre o surto de covid-19 neste lar e que está a analisar o relatório da comissão de inquérito da Ordem dos Médicos acerca da instituição de apoio aos idosos, conhecido a 06 de agosto e que aponta para o incumprimento das orientações da Direção-Geral da Saúde.
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