O programa “Prós e Contras – O Alerta que Vem do Alentejo” que a RTP transmitiu segunda-feira, dia 30 de Outubro directamente de Reguengos de Monsaraz, foi uma completa aberração.
A região não precisa de programas onde venham à tona só os aspectos negativos e onde sejam impedidos de falar aqueles que gostariam de aportar o que a região, toda ela, tem de bom.
O tema central foram as dificuldades que a região atravessa, fazendo-se passar a imagem que esta vasta área geográfica vive de mão estendida à caridade, ao subsídio, ao miserabilismo de ideias e de acções.
Empresários, autarcas e outras entidades ficaram perplexos com a forma com a produção do programa os impediu de falar, em especial aqueles que vivem, investem e trabalham no distrito de Portalegre, o grande ignorado naquele somatório de negatividade e onde alguns senhores, sempre os mesmos, aproveitaram o tempo de antena público para se auto-promoverem a si e aos seus empreendimentos e actividades.
Ceia da Silva, presidente Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, nem sequer participou, recusando-se a sentar-se na quarta fila, relegada que foi a importância do sector na região, na perspectiva da jornalista Fátima Campos Ferreira.
Também Roberto Grilo, presidente da CCDR, a quem nunca foi concedida a palavra, se confessou desiludido, considerando que havia uma oportunidade de mostrar o que realmente é o Alentejo de hoje em dia e que não tem nada a ver com a imagem que ali passou, sublinhando que a região tem daquilo que há de melhor no país.
Apesar de constituir um terço do território nacional, no Alentejo produz-se a carne que se come, o azeite, transforma-se o café que os portugueses mais gostam e consomem, se recebem e expedem as mercadorias de todos os cantos do mundo, se fabricam aviões e avionetas, onde os campos não ardem por estarem ordenados, onde o turismo mais tem crescido, onde existem as cidades e as vilas mais apreciadas e bem conservadas do país e um sem número de outros atributos que bem poderia aqui enumerar. Mas não. O programa foi para nos deitar abaixo e para dizer ao resto do país que o distrito de Portalegre não faz parte da geografia nacional.
É o que temos: mais gente Contra do que Pró!!!
Editorial é escrito de acordo com a antiga ortografia nacional
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