O Ministério Público, na instância local de Elvas, deduziu acusação contra dois médicos pela prática de um crime de intervenções e tratamentos médico-cirúrgicos.
De acordo com a acusação, “a 28 de Agosto de 2013 a vítima dirigiu-se à Urgência do Hospital de Santa Luzia de Elvas, onde os arguidos prestavam serviço, e referiu sentir, há vários dias, dores de cabeça, tonturas, vómitos e diminuição da visão”.
Face às queixas apresentadas, os arguidos “limitaram-se a medicá-la com anti-inflamatórios e analgésicos, dando-lhe alta, com o diagnóstico de 'cefaleia'”.
A vítima continuou a piorar e, a 3 de Setembro de 2013, caiu em casa, já não se conseguindo levantar. Conduzida ao Hospital de Santa Luzia, foram-lhe aí efectuados diversos exames clínicos, que vieram a revelar uma “hemorragia intra-craniana”. Foi então transferida para o Hospital Infanta Cristina, em Badajoz, onde veio a falecer dois dias depois.
De acordo com a perícia efectuada no Instituto Nacional de Medicina Legal, “o quadro clínico apresentado pela paciente, aquando da primeira deslocação ao hospital, deveria ter levado à imediata requisição de uma TAC, procedimento médico que foi omitido pelos arguidos”. “Estes não poderiam ignorar que, com semelhante omissão, a doente perdia substanciais hipóteses de cura, ficando numa situação de crescente perigo de vida”, acrescenta.

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