O governo espanhol vai manter no nível 4 o alerta contra o terrorismo, na sequência da decisão de hoje da Comissão de Avaliação de Ameaça Terrorista. Depois dos atentados de Paris (127 mortos e 180 feridos), as autoridades espanholas admitiram subir o alerta para o nível máximo, o que significaria integrar as forças militares nas operações de vigilância e segurança.
O nível 5 envolve a mobilização das forças armadas em missões de segurança, o que só se registou após os atentados de 11 de Março, quando os militares foram envolvidos na protecção a infra-estruturas consideradas fundamentais, caso da alta velocidade ferroviária.
Em Paris, na noite de sexta-feira, sete atentados terroristas provocaram pelo menos 127 mortos, balanço oficial mas ainda provisório. François Hollande declarou o estado de emergência e o encerramento de fronteiras. Em Paris, a circulação do metro está condicionada.
Em editorial, o Libération fala de uma “barbárie terrorista atingiu uma etapa histórica”, com “um massacre coordenado no coração de Paris, executado com uma determinação fria, com o objectivo de multiplicar as vítimas”
Na lista de vítimas mortais da sangrenta noite de sexta-feira em Paris, com atentados em sete locais diferentes, consta um português. Segundo o Expresso, Manuel Dias, 63 anos, trabalhava no sector de transportes ligados ao turismo e encontrava-se nas imediações do Stade de France.
A polícia francesa informou que os responsáveis pelos atentados – oito terroristas com coletes de explosivos, sete dos quais suicidas – estão todos mortos.
O autoproclamado Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo atentados e ameaça novos ataques em solo francês como retaliação contra as políticas do governo de Paris.